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Ser ou não ser geek?

Por Eudes Honorato

Oi pessoal, aqui é o Eudes Honorato, mais conhecido na Internet (por uma meia dúzia de pessoas) como OutsiderZ. Tenho um blog meio louco que teria vida curta, mas depois começou a distribuir scans de quadrinhos a torto e a direito até ser freado por "forças superiores". Hoje em dia, ele tem de mulher pelada a... mulher pelada, entre outras coisas. É o Rapadura Açucarada. E é por causa dele que estou aqui. Mas por que, se nem sou geek?

É um problema sério! Eu nem sabia, até começar a pesquisar para escrever esta coluna, o que é ser geek. Geek, segundo achei rapidamente no Google, no site Error 404, é "uma atitude, um modo de vida. Ser geek não é apenas ter um computador no lugar de uma namorada, ou jogar, programar, consertar, debugar, invadir, ou usar algum sistema operacional alternativo. Ser geek é amar a informática. É ter paixão por ter nascido às portas do século XXI".

Daí surge a grande pergunta: eu sou um geek?
Para ser sincero, eu não AMO a informática no sentido pleno da palavra. Eu sou meio egoísta com ela. Eu gosto apenas do que ela pode me conceder. Mas se ela me cria problemas, eu logo a jogo nos braços de outra pessoa, ou seja, um bom técnico, que possa resolver aquele problema que eu, como mau amante, não sei solucionar nem me esforço muito em aprender. Costumo dizer que é como ter um carro e não saber nada de mecânica. Se ele der defeito, telefono logo para um mecânico.

Talvez, um dos motivos, foi que comecei a me interessar por computadores só mesmo por causa Internet e ao que ela podia me oferecer: diversão. Numa verdadeira odisséia, desde fins de 1999, eu passei por chats, newsgroups, sites de fotos de... errr... de nu artístico, grupos de discussão de Síndrome do Pânico (longa história, longa história) e até mesmo a me... casar (longa história, longa história). Bom, este último não foi diversão, foi coisa séria e a Lia, aqui ao meu lado, está me apoiando em mais esta empreitada: escrever para o site da Geek.

Mesmo casado, a informática, por meio da Internet, continuou a me proporcionar bons momentos. Apesar do preconceito contra os blogs e blogueiros, acabei por experimentar e “bloguei”. O blog se tornou algo meio incontrolável por causa das revistas em quadrinhos. Quando terminou esta fase, pensei que tudo fosse terminar, mas continuou. Fui chamado para escrever uma coluna num site de entretenimento, o SoBReCarGa, e aqui no Geek. Mas a pergunta ainda não foi respondida: eu SOU geek?

Não sei. Só tenho certeza de uma coisa: tenho um tio que é geek, pois ele ama a informática e se dedica a ela há muito tempo, e seus dois filhos pequenos já sabem mais coisas do que eu.
Mas isso significa que há um "gene" geek na família, e que eu posso tê-lo herdado. Eu só não estou conseguindo "administrá-lo" corretamente.
Apelido de hacker eu tenho (segundo um desafeto, que achava que eu usava um apelido desses para as pessoas pensarem que eu fosse hacker); cara de geek eu tenho (creio eu). Só me falta encontrar minha "força" geek. Obi Wan, onde está você?

P.S.: Quero dedicar esta primeira coluna à minha esposa, pois neste mês estamos fazendo três anos de casamento. Mesmo não amando a informática corretamente, ela me fez encontrar um amor verdadeiro. Te amo, Lia.

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